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Dores da Alma: Medo

“A incapacidade de ir em busca de algo é uma importante manifestação do medo da vida”.

 

O medo será sempre a lente que aumentará o perigo.

Do que é que vocês têm medo?

As pessoas ficam extremamente incomodadas quando se percebem em situações outras que não as que estão acostumadas a viver.

Somos criaturas do hábito, nossos corpos e nosso comportamento tornam-se estruturados pelas situações, fazendo com que seja difícil nos adaptarmos a contextos diferentes dos conhecidos.

Inconscientemente (isto é, sem que seja percebido por nós) quando atuamos no medo, estamos levantando trincheiras e barreiras para não precisemos tomar uma iniciativa diante da vida. Assim, “permanecemos garantidos”, sem grandes ameaças, mas também, sem grandes emoções...

Em última instância, transformamos nosso corpo físico, emocional e espiritual em uma rigidez e morbidez completa, coibindo nossa expressão na vida. Chamamos isso de rotina.

Em que situações o medo pode ser positivo?

Em situações de autopreservação. Por exemplo, se não sabemos nadar, não nos arriscamos ir ao fundo do mar; sabemos que ao andar de metrô, devemos aguardar atrás da faixa amarela, caso contrário, podemos correr algum tipo de perigo, etc.

Excetuando-se as situações acima citadas, o medo tem características bastante negativas, restritivas e limitadoras na vida do ser humano. Como conseqüência, perdemos nossa capacidade de percepção e discernimento diante dos obstáculos da vida.

Podemos ter medo sim, até porque estamos diante de desafios novos, porém, o problema está em ser paralisada (o) por ele.

Já pararam para pensar quantos medos possuímos?

Medo da morte, do desconhecido, da loucura (insanidade), de ser abandonado/rejeitado, de conduzir sua própria vida, de se independer, de depender, da dor, do prazer, de ser, de não ser, de ser aceito, de não ser aceito, do erro, de ter, de não ter (falta), da solidão, do compromisso, etc.

Tudo isso, se resume há um grande medo: Medo de viver!

Precisamos urgentemente desvendar nossa geografia interna, para nos autoconhecermos de forma mais limpa e clara, sem grandes máscaras ou maquiagens. Observar que muitos de nós ainda “vivem no mundo de faz de conta”. Quero dizer que ainda nos apresentamos ao mundo, mais como os outros querem ou como nós gostaríamos de ser (forma idealizada, portanto, irreal) do que realmente somos. Isso cria ao nosso redor muita incompreensão, dúvida e ambigüidade, daí, para o medo é um passinho...

Sem falar na repressão de muitos desejos, anseios, sentimentos e emoções que ficam aprisionados dentro de nós e que podem se transformar em sérias doenças em nosso corpo.

Para finalizar, acredito que o medo gera uma falha na nossa percepção, diminui nosso grau de consciência, conseqüentemente, aumenta nossos preconceitos com relação à vida. Isto nos torna prisioneiros de nós mesmos e infelizes. Pense aonde você vem depositando suas fichas e pergunte-se sempre, se seu caminho tem alma ou é uma manifestação de seu medo?

Forte abraço,

Rosemeire Trindade Menoita

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